Serei aquele espelho rabiscado do banheiro da faculdade, que já viu tantas coisas que as vezes pensa em se auto quebrar.
Por vezes, a vida pega um rumo diferente, que confunde nossa cabeça a ponto de acharmos que estamos sob efeito de algum alucinógeno e o que vivemos não é realidade.
Deixa eu quieta, deixa eu calma, estou a ponto de quebrar, explodir. E quem vem juntar meus pedaços... Meus cacos, minhas sobras?
Ela correu apressada, já estava atrasada há alguns minutos. Na estação lotada ela buscava a saÃda e olhava o relógio que parecia correr ainda mais rápido.
Jeans justo, camiseta branca, jaqueta preta, sapatilhas vermelha, cabelos soltos e só um lado da mochila no ombro. Ali estava ela, atrasada no meio da multidão e preocupada.
Subiu quase correndo a escadaria e no final o avistou de costas. Então parou, respirou fundo, arrumou a mochila no ombro, virou as costas pra ir embora, deu dois passos e parou, balançou a cabeça como quem quisesse organizar os pensamentos ''não, não vim até aqui para desistir agora. Vou até lá, falo um
oi e vou embora, pronto!"
Enquanto caminhava em direção à ele a cabeça fervia de pensamentos. Ele era um cara bacana, e eles eram apenas amigos graças a internet. Começou com coisas de trabalhos e depois notaram algumas afinidades, mas nem ela sabia o motivo de ter marcado aquele encontro. Mas estava ali, e ele estava a há alguns passos até ela poder toca-lo. Mas o motivo daquela ansiedade ela não sabia e tampouco entendia
- Rafael... - Ela falou num tom de voz diferente do normal, parecia rouca e parecia gritar muito alto. Por um instante quis bater em si própria por isso.
Cabelos claros, barba quase no mesmo tom, blusa cinza, jaqueta preta , jeans e conturno. Tudo isso acompanhado de um sorriso que dispensava qualquer palavra. Ela sorriu de volta pra ele e ali pareceu que o tempo parou e só existiam os dois naquela estação. Mas ele a acordou ainda sorrindo com um abraço, veio até ela e passou um braço em seus ombros e a outra mão pousou em sua cintura. Ela sentiu o cheiro dele e as mão tocaram as costas o apertando contra ela de leve.
- Aqui estamos nós dois. - Ele disse quando a soltou.
- Pois é, aqui estamos nós dois. - Ela respondeu visivelmente nervosa passando as mãos nas laterais da calça.
- Tem um bar aqui perto, podemos ir lá conversar.
Ela aceitou o convite com um aceno de cabeça e começou então a caminhar do lado dele. Logo a ansiedade deu espaço pra uma conversa sobre a super lotação nas estações e nas ruas, ela estava muito mais aliviada e nem um pouco nervosa.
Entraram em um bar pouco movimentado e sentaram numa mesa do canto. Ela pediu cerveja e ele wisky, conversaram sobre fotografia, grafite e jazz. A forma que ele mexia os lábios todas as vezes que descansava o copo na mesa arrancava dela um riso simples. Depois de cerca de meia hora ela avisou que teria que ir embora. Ele pagou a conta e então saÃram. Do lado de fora do bar trocaram um abraço e beijos nos rostos. Ela o olhou pela última vez e virou de costas pra ir embora, segurava nas mãos um livro sobre fotografia que havia ganhado de presente dele. Baixou a cabeça sorrindo e estava mais afastada quando ele gritou:
- Então é isso?
- Oi? - Ela virou-se confusa.
- Você despencou de tão longe pra vir apenas me ver? Disfarçou tão mal os olhares para minha boca e o calor de seu corpo ao me abraçar pra isso? Ir embora assim?
- Não estou entendendo. - Ela o olhava confusa.
- Fica ai.
Ele voltou com o capacete na cabeça e um na mão. Foi colocando na cabeça dela e segurando a mão dela a puxou. Subiu na moto e ela subi junto. Passou os braços em volta da cintura dele e conforme ele acelerava ela o apertava. Chegando em um prédio ele foi logo buzinando e o porteiro abrindo. Deixou a moto no pátio e foi tirando o capacete, ela o copiou. Ele segurou sua mão e andando rápido entraram no prédio. Chegando a porta do elevador ele apertou o botão, a olhou e ela sorriu, ele sorriu de volta. O elevador demorou e ele a puxou mais uma vez. Subiram quatro lances de escada e ela já estava cansada de correria.
Chegando na porta de um apartamento ele a encostou na parede e a beijou. Ambos deixaram os capacetes caÃrem e continuaram o beijo quando ele conseguiu abrir a porta e enfim entraram. Ele a soltou para pegar os capacetes e fechar a porta. Ela tirou a mochila e a jaqueta. Levantou a vista e ele a observava. Se aproximaram um do outro e voltaram a se beijar. CaÃram no sofá...
Horas depois ela acordou e ainda com os olhos fechados começou passar a mão no rosto e no cabelo. Sorriu ao ouvir o riso dele. Abriu os olhos devagar e ele estava sentado ao lado dela, sem camisa a observando. Ela ergueu a mão e tocou a mão dele.
- você fica ainda mais linda quando acorda.
- E você ainda mais lindo quando sorrir pra mim.
- Tive o direito de uma tarde incrÃvel ao lado de uma mulher maravilhosa apaixonada por mim.
- Toda mulher tem direito a uma última paixão antes de seu casamento.
Ela deixou a mão que já estava erguida na luz do sol que estava se ponde e entrava pela janela. O raio de sol reluziu em sua aliança na mão direita!
Ebaaaa!!
Primeiro vÃdeo do Lustre do Castelo que a Dri fala do blog.
Cadê a minha bolsa? Onde eu a deixei dessa vez?
Desci a rua do meu serviço tão rápido que chegando no ponto do ônibus eu até me admirei. A chuva estava chegando e eu realmente precisava não me molhar. Mas graças ao caos, pós chuva da manhã, o raio do ônibus atrasou, eu sem guarda-chuva pra variar, estava em pânico com a ideia de chegar em casa molhada. Não por ter toda minha roupa e bolsa molhada, mas ouvir a tão temida frase 'Eu mandei você levar guarda-chuva' mas o que aconteceu???
Obrigada, mãe. Boca-de-praga-mais-linda!
Mudei de ponto, mudei de destino, desci encharcada próximo a casa do namorado, rezando pra ele estar em casa. Mas porque o dia me ajudaria, não é mesmo? 'Tá no inferno? Abraça o capeta, gata' metade do caminho peguei mais chuva e na porta, claro que tomei ainda mais.
Depois de graciosas, cinco horas (mentira, foram só dez minutos) meu amado então chegou.
Ah... abraço apertado, mesmo molhado. Banho quente, roupa - dele - larga que me serviu muito bem por sinal. E então meu dia acabou num sono bom, num abraço apertado e numa risada gostosa sobre como sou azarada e atrapalhada. Mas que venham mais dias assim, adoro meu mau humor adocicado.
A Driika (dona do canal) é uma fofa e faz resenhas de forma muito divertida, o que prende atenção nos vÃdeos do inÃcio ao fim!
Tô feliz com a parceira, e vida longa a nós ;)
Ah, sim!
Eu esqueci de por o lixo pra fora.
Ah, esqueci também de pagar as contas que venceram semana passada e esqueci de renovar o passe. E agora? Como vou trabalhar?
Enfrentar aquele ônibus das 8am com gente que trabalha tarde e mesmo assim reclama, e tem também aquelas que perderam o primeiro ônibus e tiveram aquele como opção.
Bom, pelo menos ele não é tão lotado assim, também, nem moro tão longe da budega onde trabalho.
Ter que encarar mais uma ou duas horas da 'Sarinha' muito da chatinha, me passando minhas tarefas. Quantos desenhos terei que fazer, quantas coisas terei que concluir e que ainda terei que falar com a 'Miranda Priestly' minha amada chefe, sobre o cliente que desistiu do pedido por um atraso de dois dias. Vai lá, Isaura do século atual. Se vira nos trinta e resolve essa.
Mas sabe o que salva esse dia de cão e monótono?
A companhia que terei em casa. Meu melhor amigo, namorido, os trem todo... E sem ele, eu serei um patinho perdido em cidade grande. E todo aquele tédio, filho da mãe, se vai com o sorriso de idiota que ele me dar ao me ver no fim do dia.
Ah, como eu amo meu pedaço de céu na terra.
E na minha perfeição, meu caro colega, Só há meu copo de bebida quente na mão.
E se for pra reclamar do cheiro do meu cigarro, se mantenha a km's de distância de mim.
Não fará falta, nem você, nem seu velho falso moralismo chato pra caralho... Ops, não se pode falar palavrão. A politica prega que se deve manter as crianças longe do alcance de coisas que mais cedo ou mais tarde fará parte da realidade dela. Então, quer saber? Que se foda o mundo e seu moralismo chato.. Pra caralho.